Disse Jesus: eu Sou o caminho, a
verdade e a vida e ninguém vem ao Pai a não ser por mim. (João 14; 6).
Com essas palavras Jesus mostrar a
seus discípulos a importância da influência nos relacionamentos. Ele se fez presente de modo tão forte entre
seus amigos, que só em pensar em sua ausência estava turbando seus corações. Afirmou Ele que seus amigos saberiam para
onde ele estava indo, pois conheciam o caminho. Na dúvida demostrada por Tomé,
mas pode-se dizer que era comum a todos os discípulos, não hesitou em afirmar
que Ele próprio é o caminho. Faça o que eu fiz. Se comportem igual a mim. Eu
sou o exemplo. Eu sou o Pai.
Este é um exemplo de influência que
deve ser seguido por todos os que lideram. Jesus imprimiu sua marca em seus
companheiros a ponto de mudar seus comportamentos. Em outras palavras Ele diz: vocês
sabem o que fazer sem a minha presença; jamais me ausentarei de vocês enquanto
vocês estiverem seguindo meus ensinamentos (João 14:19). O mundo poderia não
mais ver a Jesus, mas veria seus discípulos pregando e executando obras ainda
maiores. É um legado que o mundo jamais viu e verá igual. Jesus conseguiu
colocar seus princípios dentro de outras pessoas sem usar a força. Sem usar a
mesquinheis da manipulação. Usou a verdade como forma de vida. Usou a vida para
mostrar o caminho e fez do seu próprio caráter um caminho a ser seguido.
Mas se falando de influência, há algo
que pouco se percebe no relacionamento entre líderes e liderados: “todos
que influenciam também sofrem influências”.
Quando se trata de relacionamento aproximado como o de Jesus e
seus discípulos (amigos), a via tem mão dupla mesmo que não se deseje ou não se
perceba. Quem lidera influencia e é influenciado a todo o momento. Diferença
faz como o líder percebe ou não. Como o
líder trabalha com a influência exercida por seus liderados.
Pode ser recebido, em alguns casos,
como pressão, gerando tensão entre as partes e até podendo chegar ao ponto de
crise. O líder que não identifica em curto prazo qual o tipo e qual a
intensidade da influência sofrida por parte dos seus liderados, não pode
avaliar os danos ou os benefícios que possa ser causado.
A influência faz parte do
relacionamento, não existe relacionamento que não influencia. Atitudes são tomadas
por causa dela. É uma das forças que impulsiona o líder. É um poder devolvido
na intensidade que o líder permite (absorve ou rejeita). É cruel, sadia, insana,
benéfica, causa dores, balsâmica, ajudadora ou destruidora. Muitos caíram ou se
levantaram diante do seu poder. Muitos ainda cairão ou se levantarão por causa
da sua imposição.
Mas além de tudo, é algo que nos
ajuda a identificar que tipo de liderança estamos exercendo. Se formos francos
e íntegros a ponto de permitimos uma autoavaliação sincera, teremos um norte a
partir da influência. A decisão de um
líder frente às influências de seus liderados descreve seu caráter. Temos Saul
como exemplo de líder mal influenciado por seus liderados. Ele queria manter a reputação e acabou
perdendo o reinado por tomar atitudes diferentes a que Deus queria que ele
tomasse. Mas a decadência de Saul não
foi repentina, se deu aos poucos. Na proporção em que a inveja e o ciúme foram
crescendo, seus créditos para com Deus foram caindo. Perdera crédito com Deus então tentou
compensar agradando a seus liderados. Resultado
catastrófico! Perdeu o reinado para sempre. Se tivesse tomado à atitude de se
importar menos com a reputação e sim com o caráter da situação, não teria sido
influenciado com tanta facilidade. Neste caso não se trata somente de avaliar o
caráter de Saul, mas de avaliar o caráter da situação e seus resultados. Ele
não avaliou bem, pois avaliou segundo o seu próprio caráter. Um bom líder
sempre avalia a situação de acordo com o que é melhor para os liderados, ou
seja, a vontade de Deus não a vontade dos liderados.
Outro exemplo de liderança
influenciada por seu liderado foi Moisés. Moisés foi aconselhado por seu sogro
a multiplicar a sua liderança, avaliou a situação também de acordo com seu
próprio caráter. No entanto, Moisés era homem temente a Deus não as situações
ou aos seus resultados. Sua reputação era menos importante que a obediência a
Deus. Isto prova que Moisés tinha um caráter aprovado por Deus. Multiplicar a
liderança não significava perda de controle. Nem a perda do posto de líder
majoritário. Significava a firmeza de uma liderança sem traumas. Sem medo de
perdas. Liderança segura e firmada em Deus e por Deus. Enganado estava Saul em proteger
a si mesmo. Estava inseguro na liderança e preocupado com a reputação.
O líder que é consciente sobre a
força da influência não precisa temer.
Não subjuga seus liderados por expressarem opiniões e nem ficar temeroso
quanto aos que pensa diferente. Cabe a esse líder se esforçar para agradar a
Deus em primeiro lugar. Ser um bom influenciador sabendo que as influências
trafegam em uma via de mão dupla, porque tudo que se faz para movimentar uma ou
um grupo de pessoas parte do seguinte princípio: “o líder observa; avalia e interage
com seus liderados; logo ver suas necessidades individuais e coletivas e se
movimenta para conduzir o grupo a um alvo comum.” Seguindo este
princípio, o líder é influenciado antes mesmo de começar a influenciar outros. Sendo assim fica uma pergunta: quem exerce
mais influência? O líder ou seus liderados.
Há um problema maior que permeia a liderança no que se tange a influência:
é a secularização das ideias. São vinculadas nas redes de comunicações opiniões
sobre o comportamento humano, novas perspectiva sobre educação infanto-juvenil
e seus novos comportamentos, novos tipos de famílias e outras coisas. Parece
ser tudo novo, mas dá o nome de novo a alguma coisa não a torna realmente
nova. O que a Bíblia ensina sobre o que
é pecado continuará sendo pecado. Secularizado ou não. É tão nocivo o que tem
circulado nas redes sociais e nos meios de comunicação que tem atingido a
Igreja na sua forma mais sóbria de pensar. Assunto antes definidos voltam em
pautas para serem julgados a luz da secularização e não a luz da Palavra de
Deus. Líderes se sentem cada vez mais
acuados e receosos se manterem firmes sobre o que diz a Bíblia, que preferem
evitar tais assuntos.
A realidade é que nossos crentes têm
se deixado influenciar por gastarem mais tempo sendo ministrados pela mídia do
que pela Palavra de Deus. Impressiona a quantidade desses crentes que exercem
liderança no Corpo de Cristo. Informam-se da ciência, da tendência, da
aparência, mas não se informam da obediência a Palavra de Deus. Como resultado,
tem-se cada vez maior o número de evangélicos não praticantes. Com títulos mais
sem compromisso com o Corpo. São cópias de seus líderes que não tem tempo para
se edificarem e não têm a autoridade de uma vida com Deus, por isso não
denunciam o pecado da apostasia coletiva que se avoluma dia após dia.
Para se exerce uma influência sólida
e constante como a de Cristo Jesus, é preciso conhecer o caminho para o Pai. Ter
comunhão com seu filho Jesus que é o único e verdadeiro caminho que nos leva
até Deus. É como se diz: “Se não se sabe para a onde estar indo,
nenhum mapa, bússola ou qualquer indicação poderá ajudar.” A influência
mais eficaz é aquela que tem maior convicção. Mostrar o caminho é também andar
nele. É ter passos firmes e gritar para todos os discípulos sem qualquer sombra
de variação: “Jesus é o caminho; Jesus é a verdade; Jesus é a vida”.
A influência é realmente uma via de
mão dupla com sinais e curvas que podem ser nocivos ou benéficos para a
liderança. Depende de como o líder avalia e desvenda de onde provém e com que
força se movimenta no ceio do seu grupo. Cabe ao líder se preparar para
absorver o impacto, pois se desenvolve como onda e é capaz de atingir números
significativos. Manter-se sóbrio e consciente frente a este desafio e avaliar cada
movimento do grupo pelo bem do grupo, manterá o líder na vanguarda e pronto
para sofre influências e influenciar. Os exemplos de Jesus e Moisés ensinam ao
líder a se comportar com o caráter ilibado sem temer as situações e as opiniões
alheias, fazendo a vontade de Deus que é sempre melhor para seus
liderados.
“O líder observa; avalia e interage com seus
liderados; logo ver suas necessidades individuais e coletivas e se movimenta
para conduzir o grupo a um alvo comum.”
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