sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

COMO APRENDER COM A CRISE








Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Jr 29.11





COMO APRENDER COM A CRISE

       As notícias que mais ouvimos e vemos nos últimos tempos, diz respeito a “Crise” ela parece estar instalada em todos os setores de nossas vidas, seja financeira, espiritual, familiar e social. Em tempos assim vale a pena começar um novo ano refletindo o que a Palavra de Deus nos ensina, que somente Ele sabe de verdade tudo o que acontece e o que será da nossa vida no futuro.

       Toda “crise” é um tempo de oportunidades, as grandes lições da vida são aprendidas no vale e não nos montes, é muito difícil pararmos para aprender ou tirar lições quando vencemos ou quando tudo vai bem, no entanto quando vem as crises... Achamos tempo para perceber nossos erros e mudarmos. A “crise” revela quem somos de verdade, tira as nossas máscaras, o deserto não é lugar para atores. Os hipócritas não sobrevivem em meio as crises. Dar testemunho da fidelidade de Deus quando caem as “chuvas de bênçãos” generosas do céu não é difícil. Somos chamados por Deus a obedecer a Ele em tempos difíceis, por isso quero incentivá-lo a começar um novo ano, com propósitos e sonhos novos no seu coração, mesmo que tudo ao seu redor diga que não é possível, existe um Deus que renova o Seu amor conosco a cada manhã e está sempre disposto a fazer nova todas as coisas, portanto se levante e declare profeticamente: “Esse será o melhor ano de minha vida” não porque tudo vai dar certo, mas porque estou disposto a fazer dele o melhor ano, ser mais grato a Deus por tudo que tenho recebido e me colocar à disposição d’Ele e da Sua obra para servir com alegria.

       Faça diferente, abençoe mais, sirva mais, semeie mais e quando chegarmos ao fim de 2017 certamente teremos boas lições aprendidas, pois afinal Ele quer nos dar o fim que desejamos.

       Deus os abençoe muitíssimo... Feliz 2018...

Pr. Oswaldo Arêas (Pastor do Projeto Vida Nova de Duque de Caxias )

sexta-feira, 16 de junho de 2017

AUTO ESVAZIAMENTO


Certamente a mensagem da cruz não tem sido bem interpretada ultimamente. Parece que a crucificação diária do eu não é algo prioritário. Pense bem! Na carta aos filipenses o autor fala sobre o auto esvaziamento de Jesus que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. (Filipenses 2:6,7).
Qual é a dificuldade de se entender que o exemplo primas de Jesus deve ser seguido à risca? Quais as nuvens de obscuridade que permeiam essa nova forma ideológica do viver cristão? Com certeza a resposta está no novíssimo evangelho que surgiu a partir da invenção da teologia contemporânea. O evangelho que é outro. O evangelho da autossatisfação. Isso mesmo! O evangelho que busca satisfazer as necessidades da alma ou a autoafirmação no meio social em que o indivíduo está inserido. Não é por menos que o considerar os outros superiores está cada vez mais em baixa dentro das igrejas. E o "meu momento" é cada vez mais desejado pelos frequentadores de cultos sacros protestantes. De tanto se ouvir sobre autoajuda, o que mais se deseja é estar por cima e não por baixo.
Fazer do chamado então de "ministério", uma plataforma de status é comum e, por mais que pareça loucura, é louvável. É algo admirável. Isso dá a entender que a maioria não entende o que é nascer de novo. Ter uma nova vida com Cristo e em Cristo.
A Bíblia no capítulo dois da carta aos Filipenses, chama de vanglória o esforço frenético exercido por alguns para fazer com que sejam vistos e apreciados por outros irmãos. Como se o culto prestado a Deus fosse apenas um pretexto para exibir dons e talentos. Porém no versículo três do mesmo capítulo mostra que deixar de ser para que outro seja, é algo superior, é mais elevado. É participar do mesmo sentimento que teve Cristo Jesus.
Nota-se que Jesus não deixou de ser Deus, mas para que a obra redentora fosse completa, teve de abrir mão de usar alguns atributos que nunca deixou de possuir para nos servir. Assim sendo, foi totalmente humano mesmo tendo o poder da deidade a seu dispor, mas preferiu não usufruir. Essa atitude é concernente de pessoas bem resolvidas com sigo mesmo, pessoas sadias de alma que, mesmo sabendo que são capazes, não se importam em não ser para que outros sejam.
Somente através da crucificação diária é que se pode chegar a um estado de auto esvaziamento e descobrir o imenso regozijo que reside em prestar honra ao próximo. A satisfação vem quando se depreende que ser não é mostrar o que se sabe. Ser é ser, e independe se outros apreciam ou não.
Jesus quando se fez semelhante aos homens, elevou o ser humano a condição de voltar a ser semelhante a Deus quanto a seu caráter mediante a aceitação de sua obra redentora. Uma vez criado, o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus. Jesus encarnado, tornou-se semelhante aos homens. É esta semelhança que aponta o caminho de volta para o Pai e o encontro do homem com sigo mesmo. Jesus se tornou homem para mostrar o que é ser homem pois, com a quebra da unidade com Deus por causa do pecado, o homem perdeu o equilíbrio interior, ou seja, a comunhão que mantinha a sanidade mental intacta. O homem ficou desorientado quanto ao seu próprio ser, e descarrega essa falta de orientação tentando provar sua superioridade para com os outros.
Cristo provou que, ao esvaziar-se, a necessidade da autoafirmação é quebrada, e nesse processo existe curas inexplicáveis aos olhos humanos. O indivíduo deixar de enxergar seu próprio universo e expande a visão para o que estar em sua volta. Foi o que Jesus praticou durante seu tempo aqui na terra. Ele tinha suas prioridades, mas elas nunca ofuscaram a visão clara que a missão maior era, e ainda é, o restabelecimento do homem em seus exercícios de comunhão: com Deus, com sigo mesmo, com o próximo e com a natureza.
Observe que Ele tomou a forma de servo e se fez semelhante aos homens, mas Cristo nunca foi servo e sim senhor. No entanto, se fez semelhante aos homens porque a forma de servo era temporária, mas a semelhança humana não. Cristo sendo Deus agora também é perfeitamente homem com um corpo glorificado, Ele é o primeiro de todos os homens neste aspecto. Não foi o primeiro ressurreto, mas foi o primeiro a morrer sem pecado, portanto o primeiro a ressuscitar e ter o corpo glorificado. E a nós isto é possível por Ele ter levado nossos pecados na cruz e nos crucificou juntamente com Ele.
Jesus se humilhou e Deus o Exaltou soberanamente. Este é o caminho. Jamais seremos exaltados como Jesus, Ele foi exaltado soberanamente. Significa que sua exaltação é soberana, não há semelhança nisso. Também Deus não quer nos exaltar a vista de outros homens, a exaltação que Deus tem para nós é a coroa da vida guardada para aqueles que permanecerem fieis. Esta é a glória que está preparada para nós, não outra.
Fazer do evangelho palco para afirmações pessoais somente tem por consequência enfermidades interiores. Contudo, a prática do auto esvaziamento é cura. Como Cristo que se humilhou para que fôssemos exaltados n’Ele, também devemos nos espelhar nisto para que o Corpo de Cristo seja exaltado em nosso auto esvaziamento. Assim quando aprouver a Deus seremos exaltados em Cristo, e todos os males da alma estarão ausentes dos nossos corpos glorificados. Que assim seja!