O SACRIFÍCIO DA CRUZ PARTE 1
Não se pode falar do
sacrifício da cruz sem antes comentar a respeito do significado da cruz para
Deus e para os homens. E se alguém
procura falar diligentemente sobre sacrifício da cruz, deve-se entrar no cerne
da sua eficácia, ou seja, experimentá-lo todos os dias de sua vida.
Quanto ao seu
significado, tanto para Deus e para os homens, pode-se colocar de forma bem
simples, mas nem por isso o assunto perde a importância. Para Deus é a forma
perfeita de se reaproximar intimamente com os homens, restaurando a comunhão
perdida no Éden. Para os homens é substituição da pena que todos mereciam por
carregar a herança do pecado. O homem
foi substituído na cruz por Jesus, e essa substituição foi planejada pela
trindade na eternidade de Deus, mas para que o sacrifício da cruz tenha seu
real efeito sobre todos que aceitam e reconhecem a necessidade de tal
holocausto, é necessário se incluir cotidianamente nesta crucificação
juntamente com Cristo. Isto é o que a bíblia chama de negar a si mesmo.
(Lucas 9:23) ...Se alguém quer vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.(A.A)
O aspecto substitutivo
do sacrifício da cruz foi realizado de uma vez por todas, e este foi
concretizado por Jesus. Não cabem emendas ou retificações que possa melhorá-lo
ou até mesmo completá-lo. Já o aspecto inclusivo é um exercício diário
executado na vida de quem deseja ser íntimo de Deus. Esta parte cabe ao homem
que por sua vez precisa estar disposto a se considerar morto para o pecado e
vivo para Deus.
(Romanos 6:11) Assim também vós
considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus
nosso Senhor.(A.A)
Engana-se o homem que pensa em apenas se
manter morto para o pecado, sem se esforçar para estar vivo para Deus. Estar
morto, somente morto é algo incompleto, improdutivo. Sendo assim, quem se
declara estar morto para o pecado, tem de produzir frutos de quem tem uma nova
vida com Cristo. É algo automático. Morre-se ali e vive-se aqui.
Assim como Cristo
ressuscitou dos mortos, sendo impossível a morte o segurar por que não lhe havia pecado, assim também é com o
homem que morre juntamente com Cristo, o pecado não tem domínio sobre ele e a
morte perde o efeito por que o recompensa do pecado é a morte.
(Romanos 6:4-7 e 9) De sorte que fomos
sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi
ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em
novidade de vida. Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a
morte não mais tem domínio sobre ele.
Não tendo corpo para o
pecado, não há como gerar dívidas. Logo a vida se faz presente, por que a onde
não há morte a vida floresce por todo lado. O sacrifício da cruz é o meio pelo
qual Deus gera vida através da morte do corpo do pecado.
A cruz tem sua
simplicidade quando o homem reconhece seu estado de miserabilidade e aceita à
substituição de Jesus em seu favor. A mesma cruz é complexa quando, pela
soberba deste mesmo homem, que tem seus olhos cegos pelo príncipe deste século,
se torna loucura, uma ideia recusável e indigna de aceitação. Pois os homens que perecem sem se dar conta
do seu fim eminente, não conseguem entender a Glória que há na Cruz de Cristo,
em considerar diariamente seu corpo como morto para o pecado e vivo para Deus.
(Romanos 8:11) E, se o Espírito daquele que
dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos
ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu
Espírito que em vós habita.
Esta glória não estar na morte do corpo e sim
na nova vida em Jesus e por Jesus. É uma vida que expressa à vontade do Pai
assim como Jesus tinha prazer em fazer a vontade do Pai, e os que são
transformados em Cristo e vivem por Cristo, isto é, ressuscitado em Cristo, tem
seu prazer em fazer a vontade do pai que está no céu. Sendo assim a morte do
corpo não pode subjugar a vida que há em Cristo Jesus.
O sacrifício da cruz
tem como o objetivo a vida não a morte. A morte não mais reina nos corpos
mortais de quem tem a nova vida em Cristo.
(Romanos
6:12) Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes
em suas concupiscências.
Vivamos para Ele, pois
já estamos mortos para o pecado e temos vida no Filho de Deus...
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